terça-feira, 1 de dezembro de 2009

solidariedade detidos 25 abril 2007 lisboa

A 25 de Abril de 2007 teve lugar em Lisboa uma manifestação anti-autoritária contra o fascismo e o capitalismo. Perto de 500 pessoas participaram num percurso por uma das zonas mais ricas da cidade, ao longo do qual foi atirada tinta contra lojas, bancos e uma carrinha do corpo de intervenção, e onde paredes foram pintadas com algumas frases. A este descaramento os guardas da paz democrática responderam com uma carga policial e espancamentos contra manifestantes e todos os outros que ali passavam. Desta carga e de algumas perseguições hollywoodescas pela baixa da cidade resultaram 11 detidos, acusados entre outras coisas de injúrias e agressões contra agentes da autoridade. A 7 de Dezembro de 2009 começa o julgamento no Campus de Justiça de Lisboa.

Sabemos que o que está em causa é mais do que algumas montras danificadas e agentes ofendidos. É a tentativa de agarrar a totalidade da vida e de usarmos todas as ferramentas que quisermos na luta contra uma ordem social que consome e destrói os indivíduos, as nossas relações e o mundo que habitamos. É por esta ordem democrática não poder tolerar tudo o que ainda resta de bonito e selvagem que ao longo dos últimos anos vimos e sentimos a crescente criminalização nos media, e perseguição pelas forças da repressão, de muitas acções e actividades diárias, nossas e de outros.

Nesta luta pela libertação das nossas vidas, sabemos quem são os nossos companheiros e quem são os nossos inimigos, e vamos descobrindo todos os outros com quem nos podemos encontrar na alegria da revolta. A solidariedade com os acusados não se limita àquele tribunal nem às datas fixas por outros: ela deve alargar-se e fazer parte de uma luta que não tem como ponto de referência os passos dados pela repressão, mas os passos que nós na nossa rebelião quisermos dar.

A tentativa de nos fazer parar pelo medo, de nos isolar ou de nos fazer mudar o nosso discurso pode ter apenas como resultado um ataque sem piedade a um poder que não tem fronteiras.

Alguns anarquistas de Lisboa

 

online casino