domingo, 11 de outubro de 2009

António Ferreira de Jesus em greve de fome

Dia 28 de Setembro a direcção do E.P. quis transferir o companheiro para uma cela nova, numa ala recentemente reconstruída- essas "reformas" implicam que não haja direito a um candeeiro de leitura ou que, por exemplo, os duches não tenham divisórias, o que obriga a que os presos tenham de tomar banho em conjunto.

O António recusou-se à mudança com base nestas condições. Face a esta recusa, a direcção e os guardas decidiram que o levariam à força, não para a cela prevista, mas para o pavilhão de segurança (chamado de "big brother", num regime de separação total dos outros reclusos, ao abrigo do artigo 111).

Perante isto o António entrou em greve de silêncio, de sede e de fome.

No entanto, os responsáveis da cadeia não reconhecem estas greves porque o companheiro não preencheu o impresso que existe para oficializar o protesto (!)

Não sabemos em que situação ele se encontra, nem que acompanhamento está a ter.

Sabemos quem está por detrás desta situação: a direcção do E.P., a Direcção Geral dos Serviços Prisionais e outros organismos do Estado português.

É urgente pressioná-los, da maneira que achares mais eficaz!


A solidariedade é uma arma!

Pela destruição das prisões e de quem as constrói!


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No dia 3 de Outugro, 16 pessoas deslocaram-se ao Estabelecimento prisional de Pinheiro da Cruz, onde Antonio Ferreira continua isolado no pavilhão de segurança.

A concentração decorreu durante 2 horas e meia, período que coincidiu com o horário das visitas. Foi distribuído um folheto com um texto informativo da situação do nosso companheiro e gritaram-se frases contra as prisões, o estado e os carcereiros. Fez-se o máximo de barulho possível na tentativa de dar a conhecer a nossa presença para dentro dos muros.
Apesar da chegada da GNR mais para o fim da concentração, não houve sequer identificações. A nossa presença foi um incómodo para a "normalidade" do funcionamento da prisão, as pessoas que íam visitar reclusos mostraram-se solidárias várias vezes e muitos dos carros que por ali passavam apitavam para dar força. Temos informação de que alguns folhetos passaram para dentro e circularam entre os presos.

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Dia 8 de Outubro, realizou-se uma acção de solidariedade com António Ferreira junto à Embaixada Portuguesa em Roma. A acção consistiu numa concentração de 7 pessoas à porta da embaixada, distribuindo informação sobre a situação do António, enquanto outras três entraram exigindo o envio de faxes de protesto às instituições responsáveis por esta tortura. Simultaneamente meteu-se uma faixa na entrada na qual se podia ler : “BASTA TORTURE. ANTÓNIO FERREIRA LIBERO!. Depois de alguma insistência foi garantido que os faxes foram enviados e que as entidades seriam informadas da situação actual do António.
O objectivo foi cumprido, destabilizar o normal funcionamento desta instituição, de modo a pressionar os responsáveis pela situação actual em que António se encontra e para que se apercebam que estamos atentos e solidários.

Não nos calaremos perante este silêncio!

Não vamos parar até que António esteja livre...com folclore ou sem ele!

Companheiros detidos na Grécia

Alfredo Maria Bonanno, italiano de 72 anos e considerado um dos maiores
teóricos do anarquismo insurrecionalista foi preso na Grécia por
tentativa de assalto a um banco. Com ele foi preso o anarquista grego
Christos Stratigopoulos. A presença de Bonano na Grécia a 48 horas das
eleições legislativas e num momento em que se assiste a uma onda de
atentados e ataques ao estado de teor anarquista, pôs em alarme o
antiterrorismo, que enviou alguns dos seus próprios homens.
No local da detenção em Trikala, Grécia centro setentrional, está uma
unidade “antiterrorista”. Bonanno, segundo as fontes da polícia, foi
detido após ter ajudado um cúmplice grego de 46 anos a cumprir um assalto
à mão armada que lhes rendeu 50000 euros. Segundo a reconstrução da
polícia Bonanno teria esperado fora do Banco de Pireo, em Trikala, o seu
companheiro grego que, camuflado com uma peruca e bigode falso, teria
obrigado um trabalhador a dar-lhe os 50000 euros em dinheiro. Fora do banco
ter-se-ía encontrado com Bonanno que se teria afastado num carro. Bonanno
estava alojado na cidade vizinha de Kalambaka onde a polícia encontraria
sucessivamente o dinheiro e uma pistola. O italiano e o grego foram presos
no seguimento do testemunho de um jovem que teria assistido ao roubo
chamando a polícia.

Alfredo e Christos estão presos na prisão de Amfissa, na Grécia.
Christos é acusado de assalto, e Alfredo de cumplicidade em assalto. Os advogados pedem a prisão domiciliaria para Alfredo devido a problemas de saúde.

os companheiros podem receber correio para:
TZAMALA 3
33100 AMFISSA
GREECE

Solidariedade com Alfredo e Christos e com todos aqueles que lutam contra este mundo de miséria!

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A 24 de Setembro, numa operação levada a cabo pela polícia grega, em Atenas, 4 jovens foram detidos pela unidade anti-terrorismo. A polícia afirma que estes jovens estão relacionados com o grupo "Conspiração das Células de Fogo -Nihilist Splinter", sem apresentar qualquer informação específica. O procurador-geral ao qual foram presentes autorizou a divulgação da sua identidade e fotografia pelos meios de comunicação.

Simultaneamente, foi declarada uma caça às bruxas pelos meios de comunicação. Os detidos têm sido caracterizados como "terroristas" pelos media, que exigem mais policiamento e repressão sobre o movimento anarquista.

Sob este clima, mais seis mandatos de detenção foram emitidos, levando à fuga destes seis companheiros. Além disso, "fugas" de informação publicadas nos media afirmam que estes podem estar escondidos em universidades ou ocupas anarquistas, preparando claramente o terreno para possíveis raids da polícia.

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A 2 de Outubro, cerca das das 20.15horas, um dispositivo de baixa potência explodiu a apenas alguns metros do local onde o primeiro-ministro Karamanlis dava o seu último discurso pré-eleitoral.
A "Conspiração das Células de Fogo" reivindicou a responsabilidade com um comunicado publicado no Indymedia Atenas. os autores do comunicado negam as declarações da polícia de terem detido 4 deles. A "Conspiração das Células de Fogo" enviam saudações revolucionárias a Alfredo Bonanno e Christos Stratigopoulos, detidos e acusados de assalto a um banco em Trikala, no norte da Grécia.

 

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