terça-feira, 1 de dezembro de 2009

solidariedade detidos 25 abril 2007 lisboa

A 25 de Abril de 2007 teve lugar em Lisboa uma manifestação anti-autoritária contra o fascismo e o capitalismo. Perto de 500 pessoas participaram num percurso por uma das zonas mais ricas da cidade, ao longo do qual foi atirada tinta contra lojas, bancos e uma carrinha do corpo de intervenção, e onde paredes foram pintadas com algumas frases. A este descaramento os guardas da paz democrática responderam com uma carga policial e espancamentos contra manifestantes e todos os outros que ali passavam. Desta carga e de algumas perseguições hollywoodescas pela baixa da cidade resultaram 11 detidos, acusados entre outras coisas de injúrias e agressões contra agentes da autoridade. A 7 de Dezembro de 2009 começa o julgamento no Campus de Justiça de Lisboa.

Sabemos que o que está em causa é mais do que algumas montras danificadas e agentes ofendidos. É a tentativa de agarrar a totalidade da vida e de usarmos todas as ferramentas que quisermos na luta contra uma ordem social que consome e destrói os indivíduos, as nossas relações e o mundo que habitamos. É por esta ordem democrática não poder tolerar tudo o que ainda resta de bonito e selvagem que ao longo dos últimos anos vimos e sentimos a crescente criminalização nos media, e perseguição pelas forças da repressão, de muitas acções e actividades diárias, nossas e de outros.

Nesta luta pela libertação das nossas vidas, sabemos quem são os nossos companheiros e quem são os nossos inimigos, e vamos descobrindo todos os outros com quem nos podemos encontrar na alegria da revolta. A solidariedade com os acusados não se limita àquele tribunal nem às datas fixas por outros: ela deve alargar-se e fazer parte de uma luta que não tem como ponto de referência os passos dados pela repressão, mas os passos que nós na nossa rebelião quisermos dar.

A tentativa de nos fazer parar pelo medo, de nos isolar ou de nos fazer mudar o nosso discurso pode ter apenas como resultado um ataque sem piedade a um poder que não tem fronteiras.

Alguns anarquistas de Lisboa

domingo, 11 de outubro de 2009

António Ferreira de Jesus em greve de fome

Dia 28 de Setembro a direcção do E.P. quis transferir o companheiro para uma cela nova, numa ala recentemente reconstruída- essas "reformas" implicam que não haja direito a um candeeiro de leitura ou que, por exemplo, os duches não tenham divisórias, o que obriga a que os presos tenham de tomar banho em conjunto.

O António recusou-se à mudança com base nestas condições. Face a esta recusa, a direcção e os guardas decidiram que o levariam à força, não para a cela prevista, mas para o pavilhão de segurança (chamado de "big brother", num regime de separação total dos outros reclusos, ao abrigo do artigo 111).

Perante isto o António entrou em greve de silêncio, de sede e de fome.

No entanto, os responsáveis da cadeia não reconhecem estas greves porque o companheiro não preencheu o impresso que existe para oficializar o protesto (!)

Não sabemos em que situação ele se encontra, nem que acompanhamento está a ter.

Sabemos quem está por detrás desta situação: a direcção do E.P., a Direcção Geral dos Serviços Prisionais e outros organismos do Estado português.

É urgente pressioná-los, da maneira que achares mais eficaz!


A solidariedade é uma arma!

Pela destruição das prisões e de quem as constrói!


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No dia 3 de Outugro, 16 pessoas deslocaram-se ao Estabelecimento prisional de Pinheiro da Cruz, onde Antonio Ferreira continua isolado no pavilhão de segurança.

A concentração decorreu durante 2 horas e meia, período que coincidiu com o horário das visitas. Foi distribuído um folheto com um texto informativo da situação do nosso companheiro e gritaram-se frases contra as prisões, o estado e os carcereiros. Fez-se o máximo de barulho possível na tentativa de dar a conhecer a nossa presença para dentro dos muros.
Apesar da chegada da GNR mais para o fim da concentração, não houve sequer identificações. A nossa presença foi um incómodo para a "normalidade" do funcionamento da prisão, as pessoas que íam visitar reclusos mostraram-se solidárias várias vezes e muitos dos carros que por ali passavam apitavam para dar força. Temos informação de que alguns folhetos passaram para dentro e circularam entre os presos.

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Dia 8 de Outubro, realizou-se uma acção de solidariedade com António Ferreira junto à Embaixada Portuguesa em Roma. A acção consistiu numa concentração de 7 pessoas à porta da embaixada, distribuindo informação sobre a situação do António, enquanto outras três entraram exigindo o envio de faxes de protesto às instituições responsáveis por esta tortura. Simultaneamente meteu-se uma faixa na entrada na qual se podia ler : “BASTA TORTURE. ANTÓNIO FERREIRA LIBERO!. Depois de alguma insistência foi garantido que os faxes foram enviados e que as entidades seriam informadas da situação actual do António.
O objectivo foi cumprido, destabilizar o normal funcionamento desta instituição, de modo a pressionar os responsáveis pela situação actual em que António se encontra e para que se apercebam que estamos atentos e solidários.

Não nos calaremos perante este silêncio!

Não vamos parar até que António esteja livre...com folclore ou sem ele!

Companheiros detidos na Grécia

Alfredo Maria Bonanno, italiano de 72 anos e considerado um dos maiores
teóricos do anarquismo insurrecionalista foi preso na Grécia por
tentativa de assalto a um banco. Com ele foi preso o anarquista grego
Christos Stratigopoulos. A presença de Bonano na Grécia a 48 horas das
eleições legislativas e num momento em que se assiste a uma onda de
atentados e ataques ao estado de teor anarquista, pôs em alarme o
antiterrorismo, que enviou alguns dos seus próprios homens.
No local da detenção em Trikala, Grécia centro setentrional, está uma
unidade “antiterrorista”. Bonanno, segundo as fontes da polícia, foi
detido após ter ajudado um cúmplice grego de 46 anos a cumprir um assalto
à mão armada que lhes rendeu 50000 euros. Segundo a reconstrução da
polícia Bonanno teria esperado fora do Banco de Pireo, em Trikala, o seu
companheiro grego que, camuflado com uma peruca e bigode falso, teria
obrigado um trabalhador a dar-lhe os 50000 euros em dinheiro. Fora do banco
ter-se-ía encontrado com Bonanno que se teria afastado num carro. Bonanno
estava alojado na cidade vizinha de Kalambaka onde a polícia encontraria
sucessivamente o dinheiro e uma pistola. O italiano e o grego foram presos
no seguimento do testemunho de um jovem que teria assistido ao roubo
chamando a polícia.

Alfredo e Christos estão presos na prisão de Amfissa, na Grécia.
Christos é acusado de assalto, e Alfredo de cumplicidade em assalto. Os advogados pedem a prisão domiciliaria para Alfredo devido a problemas de saúde.

os companheiros podem receber correio para:
TZAMALA 3
33100 AMFISSA
GREECE

Solidariedade com Alfredo e Christos e com todos aqueles que lutam contra este mundo de miséria!

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A 24 de Setembro, numa operação levada a cabo pela polícia grega, em Atenas, 4 jovens foram detidos pela unidade anti-terrorismo. A polícia afirma que estes jovens estão relacionados com o grupo "Conspiração das Células de Fogo -Nihilist Splinter", sem apresentar qualquer informação específica. O procurador-geral ao qual foram presentes autorizou a divulgação da sua identidade e fotografia pelos meios de comunicação.

Simultaneamente, foi declarada uma caça às bruxas pelos meios de comunicação. Os detidos têm sido caracterizados como "terroristas" pelos media, que exigem mais policiamento e repressão sobre o movimento anarquista.

Sob este clima, mais seis mandatos de detenção foram emitidos, levando à fuga destes seis companheiros. Além disso, "fugas" de informação publicadas nos media afirmam que estes podem estar escondidos em universidades ou ocupas anarquistas, preparando claramente o terreno para possíveis raids da polícia.

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A 2 de Outubro, cerca das das 20.15horas, um dispositivo de baixa potência explodiu a apenas alguns metros do local onde o primeiro-ministro Karamanlis dava o seu último discurso pré-eleitoral.
A "Conspiração das Células de Fogo" reivindicou a responsabilidade com um comunicado publicado no Indymedia Atenas. os autores do comunicado negam as declarações da polícia de terem detido 4 deles. A "Conspiração das Células de Fogo" enviam saudações revolucionárias a Alfredo Bonanno e Christos Stratigopoulos, detidos e acusados de assalto a um banco em Trikala, no norte da Grécia.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Notícias

Recebemos e, publicamos os seguintes e-mails:

"Solidariedade com os "25 de Caxias"

Na noite de 14 de Junho foram feitas várias pintadas na zona da Feira da Ladra e do Bairro Alto (Lisboa), em solidariedade com os "25 de Caxias" e contra os tribunais e as prisões.
Entre outros locais, algumas das pintadas foram feitas num edifício do Ministério da Defesa Nacional.
Esta acção vem no seguimento de outras pintadas que já tinham aparecido anteriormente, tanto em Lisboa como em frente ao tribunal de Oeiras.
Desejamos que estas acções, ou outras, se alarguem a outros sítios e se espalhem por todo o lado! Que todos os que assim quiserem ponham de si uma parte naquilo que pretendemos que seja uma campanha de solidariedade com os "25 de Caxias" e contra os tribunais e as prisões.
Quem quiser contribuir, que o faça.
Enchamos as cidades, vilas e aldeias onde vivemos de tinta!
SOLIDARIEDADE COM OS "25 DE CAXIAS".
LIBERDADE PARA TODOS. FOGO ÀS PRISÕES!"

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"Na noite de 16 para 17 de Junho, saímos à rua para fazer pintadas em solidariedade com os "25 de Caxias", actualmente em julgamento. Algumas foram feitas na fachada da Faculdade de Direito (na Cidade Universitária, em Lisboa) - "solidariedade com os 25 de Caxias" + "fdul = escola de carrascos" + "fogo às prisões" + "contra o roubo das nossas vidas, nem tribunais nem prisões (A)" -; outras foram feitas nas imediações e na rua do Tribunal de Oeiras, onde este teatro está a decorrer - "solidariedade com os 25 de caxias" + "liberdade para todos" + "fogo às prisões (A)" + "fogo aos tribunais".
Solidariedade com os "25 de Caxias".
Contra o roubo das nossas vidas, fogo aos tribunais e às prisões."

sábado, 6 de junho de 2009

Chile: 3 textos sobre a morte do companheiro que ia atacar a escola de polícia

Urgente! Morre companheiro que transportava um engenho explosivo

Por solidarixs anónimxs


Segundo a imprensa, cerca das 1h30 da madrugada de hoje, ouviu-se uma forte explosão nos arredores na Escola de Gendarmeria, situada na Avenida Matta, em Santiago. O indivíduo deslocava-se de bicicleta, no momento em que o engenho detonou, provocando a sua morte.

Lamentamos profundamente o sucedido, pela vida do companheiro e por quem o conhecia, mas também compreendemos que isto faz parte das consequências de se posicionar em conflito permanente com a autoridade, porque o companheiro caiu em combate, caiu num acto de valentia e convicção, é por isso que nos irmanamos com qualquer ataque contra o poder, e a morte do companheiro sentimo-la tal como é, a queda em combate de um irmão que, sem sequer termos partilhado um segundo de vida com ele, o sentimos próximo.

Seguramente, muitos ficaram contentes ao saber que o companheiro morreu ao transportar uma bomba, acreditando que com isto haverá um entrave nos ataque contra os poderosos; mas saibam que a solidariedade e os desejos de destruir o existente são mais fortes que qualquer adversidade, mais fortes que a prisão e mais fortes que a morte!

Solidariedade e insurreição!




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Editorial da publicação “Peste Negra”




Na madrugada de 22 de Maio, por volta da 1, um estrondo sacudiu a zona onde se encontra a escola de polícia. Durante a manipulação o mecanismo temporizador de um engenho explosivo, este explodiu, matando no momento o companheiro anarquista Maurício Morales. Supõe-se que o objectivo da acção era essa escola. Uma câmara de vigilância captou tudo. Ao que parece, com ele ia outro companheiro, o qual fugiu sem ser identificado, dado que seguia encapuçado. Após várias horas de investigação o corpo foi identificado e a polícia continua à procura do companheiro fugido.

No seguimento, a polícia invadiu duas casas ocupadas, “La Idea” e “Cueto con Andes”, detendo 9 companheiros, que actualmente se encontram em liberdade, não sem antes terem sido espancados. Tentaram também invadir o C.S.O. e a biblioteca Sacco e Vanzetti, mas a forte resistência das pessoas que se encontravam no edifício e de quem se encontrava na rua impediu a invasão. Após fortes distúrbios a polícia dispersou pela zona.

Também a casa dos pais de Maurício foi invadida e nela se fizeram buscas.

Obviamente, logo se formou um grande alarido mediático que se encarregou de criminalizar a acção do companheiro e dos grupos anarquistas e ocupas, além de “justificar” os despejos que se seguiram.

Apelamos à solidariedade com os companheiros detidos nestes raids e com todos os que serão perseguidos após estes acontecimentos, já que estamos à espera que se realizem os próximos movimentos policiais, dado sabermos que neste momento estão a ser investigadas supostas ligações de diferentes anarquistas com o sucedido, e que continuam as investigações que se estavam a levar a cabo pelos mais de 90 engenhos explosivos detonados desde 2004 em diferentes pontos da capital, em nunca se terem encontrado os autores dos actos.

O subsecretário do interior, Patricio Rosende, desse que neste caso há “uma ligação evidente om grupos anarquistas” e que, “sem qualquer dúvida”, isto contribuirá para que se esclareçam os acontecimentos deste tipo que se sucederam anteriormente.

O representante da Fiscalia Metropolitana Oriente (uma espécie de Ministério Público, n.t.), Mario Schilling, adiantou por seu turno que estavam a investigar, que aguardam novas informações das “diligências” que stão a realizar juntamente com os organismos de segurança.

Desde esta publicação queremos dar a conhecer tudo o que aconteceu desde momento em que o nosso companheiro Mauri faleceu, os raids que se seguiram, as detenções, o papel dos media e a situação actual em que se encontram os nossos companheiros, entendo que, sendo um meio escrito informação ficará desfasada e deveremos recorrer a outros meios, publicações que continuem a sair, páginas contrainformativas na internet e informações que nos passam chegar desde lá. Assim, pedimos a todos os companheiros que se mantenham atentos ao que for acontecendo nos próximos dias.

Por fim, expressamos a nossa máxima solidariedade com os companheiros que estão a sofrer os golpes repressivos que se estão a produzir, entendendo que a solidariedade não se deve ficar por palavras.




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Acerca do companheiro Mauri e da continuação da luta




O poder apenas teme aquilo que é irrecuperável. Uma pessoa caída numa acção como a que Mauri ia realizar é inconcebível nas entranhas da besta e dos seus defensores. Dado que apenas a destruição é capaz de pôr fim a este estado social vegetativo, é à destruição estratégica que aponta a desinformação, a mentira, a manipulação. Somente os actos irrecuperáveis se vêem distorcidos pelos meios de comunicação, os restantes difundem-se como verdades objectivas, ainda que interesseiros e incompletos, protegidos pela avalanche de informação parcial manipulada com o fim de criar um estado de opinião contrário à violência revolucionária. Este “colchão de segurança informativo” nega a necessidade da destruição do sistema, maquilha as suas partes negativas e favorece os “ataques” que não representam risco. Estes últimos, e a sua tolerância, criam a sensação de que todas as críticas são permitidas e de que a liberdade está na ordem do dia.

O círculo fecha-se em torno da dominação e protege uma paz sustentada pela guerra, pela pobreza e pela violência estatal e económica. Uma bomba contra a polícia significaria, para mentes não manipuladas, uma guerra social latente no sistema capitalista contra qualquer sistema de dominação seja de que cor for. Os bandos são, por um lado, os que mantêm a grande mentira de que o sistema não necessita de pobreza e sangue para se manter e, por outro, os que atacam e tratam de desencobrir tal mentira.

Aqueles que afirmam que a acção que Mauri ia levar a cabo supõe um método antiquado, não se deram conta de que este sistema está a durar demasiado num tempo que não lhe deveria pertencer.

O companheiro tratava de arrancar o manto de passividade criado, pretendia libertar nas pessoas o impulso inato da rebelião contra tudo aquilo que lhes pretende limitar a vida, ou seja, contra aqueles que delegaram os desejos e necessidades reais para escolhas de catálogo. Educação, imprensa, propaganda eleitoral e comercial, intelectuais castrados de forma ideológica... tudo cria um estado de opinião favorável a uma máquina de morte. É por isso que os actos fora dessas esferas e claramente subversivos assustam um poder incapaz de tornar público o que o pode realmente destruir.

Não basta a destruição para acabar com a dominação, mas todo o acto encaminhado para a construção de estruturas livres deve estar acompanhado do acto subversivo fora dos canais de recuperação.

Temos sinceras dúvidas de que Mauri estivesse a ter prazer no momento em que se dirigia para atacar a polícia com um engenho explosivo, mas também não têm prazer as crianças exploradas, nem as prostitutas forçadas, nem o operário que não chega ao final do mês, nem o secretário aborrecido, nem os imigrantes mortos afogados, etc. O nosso compromisso com a libertação passa por nos darmos conta de que não podemos acabar com o sistema no seu meio, mas apenas com uma luta incessante em todas as frentes.

Gozemos sem restrições dos espaços libertados, das relações não viciadas pelos seus esquemas, do não usar as pessoas como mercadorias, do fim da hipocrisia nas nossas amizades... mas não esqueçamos a outra parte, a parte do ataque, da tensão, do risco, da guerra social. Convidamos todos aqueles que não estejam a lutar a que se organizem autonomamente e passem à acção; e aos que já o fazem, que continuem a luta pela destruição do que nos transforma em escravos e pela criação do que nos fará livres. Um abraço muito forte e sentido a familiares, amigos e companheiros de luta de Mauri.

Que as lágrimas não apaguem o fogo.

Miguel Garrido

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Companheira morre em explosão, na França

Companheira anarquista morre ao manipular um artefacto explosivo em França


A explosão teve lugar na noite de 30 de Abril para 1 de Maio, numa fábrica abandonada de Cognin, enquanto dois jovens manipulavam uma bomba caseira contida dentro de um extintor.

Pesquisando por algumas páginas em italiano e francês, deparamo-nos com um lamentável facto ocorrido no passado 1 de Maio, uma companheira anarquista francesa havia falecido com a explosão de um artefacto que manipulava juntamente com o seu companheiro. A informação era breve e ao traduzi-la para espanhol não oferecia muitos detalhes. Com a limitação da língua, tentámos encontrar mais informação mas nada mais aparecia, até que um companheiro desde Itália nos confirmou a triste notícia e nos enviou mais informação sobre o ocorrido. Lamentável é que ocorram estas coisas e é também lamentável que só depois de um mês se saiba.

Solidarizamo-nos com os companheiros franceses que devem estar a passar por momentos difíceis, entendemos a sua dor porque a vivemos na própria pele, com a partida de Mauri em semelhantes circunstâncias.

Que a dor não nos paralise e que a raiva se transforme em solidariedade activa com os companheiros caídos em combate.

Companheira Zoe, companheiro Mauri, Presentes!


Os factos

A explosão aconteceu na noite de 30 de Abril para 1 de Maio, numa fábrica abandonada em Cognin, enquanto dois jovens manipulavam uma bomba caseira contida num extintor. Na explosão Zoe, uma jovem anarquista de 23 anos, morreu no local, ao passo que o seu namorado Michael, de 25 anos, ficou gravemente ferido e foi transportado de helicóptero até ao hospital de Lyon, onde permaneceu em coma durante vários dias.


Detenções

Michael foi acusado na cama do hospital, por “associação criminosa para a preparação de grupo terrorista” e por “fabrico e posse de explosivos”. Também lá teve lugar o sue primeiro interrogatório, onde afirmou que esteve sempre sozinho com Zoe. Michael encontra-se também sob custódia policial no hospital. Zoe e Michael viviam numa casa ocupada e participavam activamente em grupos libertários.

A ocupa, chamada “Les Pilots”, foi invadida por 130 polícias, entre eles unidades antiterroristas, com ordens para “encontrar todo o tipo de provas”. As 11 pessoas que se encontravam no local foram interrogadas.

Uma delas, Rafael, foi levado para a esquadra da polícia e após o interrogatório foi transferido para a prisão. A detenção de Rafael é sustentada na acusação de “pertencer a uma associação terrorista” e de “destruir documentos ou objectos que poderiam ter ligação com a preparação e o objectivo do artefacto explosivo”.

Rafael é acusado de destruir documentos relacionados com a explosão. Além disso, as autoridades sugeriram despejar a ocupação “Les Pilots”, com o pretexto de reestabelecer a ordem na cidade. Desde então, outras duas casas ocupadas foram invadidas por polícias e mais pessoas interrogadas.

Um excerto do comunicado da ocupação “Les Pilots”: “com tudo o que se passou, há uma enorme oportunidade para que isto seja utilizado pelo Estado, a fim de fomentar ainda mais o “inimigo interno”, já que hoje em dia as psicoses estão na moda. Isto dará lugar à aplicação de novas medidas de segurança, sobretudo agora, que se aproximam as eleições europeias (...). A polícia e o estado ainda não sabem do que é que estão à procura, e até que ponto estão dispostos a chegar. Para nós, esta história ainda não terminou.”

O procurador que tem a investigação em mãos é também o mesmo que participa nas investigações contra os chamados “9 de Tarnac”.

Rafael foi transferido para a prisão de Paris “La Santa”, após prestar declarações ao juíz. Encontra-se na mesma ala que Julien, o último preso dos “9 de Tarnac”. Em Chambery, um grupo de apoio convocou uma manifestação em solidariedade, à qual compareceram cerca de 200 solidários.


Actualização até ao dia 30 de Maio

A saúde de Michael melhorou e foi negado o pedido da sua libertação, continuando portanto preso no hospital. Michael encontra-se sempre acompanhado por um médico da prisão. Entretanto, Rafael foi libertado da prisão a 29 de Maio, mas foi submetido a um apertado controlo judicial:

- terá de permanecer na casa dos seus pais

- tem a obrigação de procurar trabalho

- proibição de entrar em contacto com outros envolvidos no caso (testemunhas/acusado)

- apresentação semanal às autoridades.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Tribunais, revolta e Caxias

Tribunais, revolta e Caxias

Esta descrição podia ser mais breve do que aquilo que vai ser, mas sentimo-nos demasiado inspirados pelos acontecimentos para os resumir, e queremos que também outros se sintam inspirados.

Dia 20 de Maio, entre outros acontecimentos que nos ocupavam a alma e também o tempo, decorreu mais uma sessão do julgamento contra 25 ex-reclusos na prisão de Caxias, acusados de danos, fogo posto e motim.

Cerca de 15 anarquistas concentraram-se perto do tribunal de Oeiras onde, desde a manhã, distribuímos folhetos contra as prisões, a Lei e a Justiça, e jornais (“Presos em Luta”) a quem passava.

Em frente à porta do tribunal estavam pintadas as frases “SOLIDARIEDADE COM OS 25 DE CAXIAS!”, “DESTRUAMOS OS MUROS DA PRISÃO, PARA LÁ DA AMNISTIA E DO PERDÃO.” e “LIBERDADE PARA TODOS. FOGO ÀS PRISÕES. (A)”. Nos arredores, outras pintadas haviam sido feitas num bairro de ricos: “FOGO AOS TRIBUNAIS E ÀS PRISÕES. (A)” e “1000 PRISÕES, 1000 FUGAS”.

Em toda a rua do tribunal estavam colados cartazes (como já tinha acontecido em sessões anteriores) com o seguinte texto:

“Prisões, revolta e Caxias.

13 anos depois de uma luta alargada dos presos pela melhoria das condições a que estavam sujeitos nas prisões, o estado decide levar a julgamento 25 dos então reclusos na prisão de Caxias, acusando-os de motim, danos e fogo posto.

Não nos interessa se o fizeram ou não.

Interessa-nos sim o amor pela liberdade, aquele que persiste em não morrer, em não se deixar sufocar pelos tribunais, nem pelas grades, nem pelos guardas.

São momentos alegres, aqueles em que esse amor se expressa.

Momentos em que comunicamos entre corações livres.

Momentos que nenhuma autoridade nos pode tirar.

Solidariedade com aqueles/as que lutaram

Solidariedade com aqueles/as que lutam.

Anarquistas pelo corte da mão que nos prende, e pela expropriação da chave.

À saída dos arguidos para o almoço, abrimos uma faixa (“CONTRA O ROUBO DAS NOSSAS VIDAS, NEM TRIBUNAIS NEM PRISÕES”) em frente à porta do tribunal e gritámos “A PAIXÃO PELA LIBERDADE É MAIS FORTE QUE AS PRISÕES”, e “A LIBERDADE ESTÁ NOS NOSSOS CORAÇÕES. ABAIXO OS MUROS DE TODAS AS PRISÕES!”. Foi um belo momento, ao vermos que os polícias presentes não sabiam o que fazer, ao mesmo tempo que os gritos de alguns arguidos se juntaram, sem medo, aos nossos.

Ainda deu tempo para gritar uns insultos à procuradora do Ministério Público, que saiu apressada.

À tarde, ouvimos, do interior da sala do tribunal, os gritos vindos do exterior contra o julgamento, as prisões, os juízes, e em solidariedade com os acusados. A dado momento, a juíza desabafou aos intervenientes no julgamento que não tinha poder para conseguir fazer calar os gritos que se ouviam e que estavam a perturbar a sessão.

Alguns dos acusados, fartos de estarem a ser vigiados e intimidados pelas bestas quadradas que dão pelo nome de “guardas prisionais”, levantaram-se e começaram a gritar que não tinham que aturar aquilo e a exigir que se afastassem. A esses gritos juntaram-se os da assistência.

Mais tarde, um dos guardas aproximou-se da assistência e disse que queria uma cópia daquilo que uma companheira estava a desenhar. Imediatamente nos levantámos e começámos a gritar contra ele e que os guardas estavam a tentar intimidar-nos assim como aos arguidos e, também imediatamente, muitos dos arguidos se levantaram e começaram a gritar contra os guardas e não só. Entre os diversos insultos gritados em todas as direcções às diversas autoridades presentes naquela infame sala, a juíza mandou os bófias evacuar a assistência da sala. Já no exterior do tribunal, ainda entre gritos, 2 companheiros foram identificados.

Meia hora mais tarde, a sessão terminou, com alguns dos arguidos a dizerem-nos que conseguiam ouvir os nossos gritos noutras partes do tribunal, e que a sessão tinha sido encerrada porque os advogados de defesa estavam todos na conversa e a juíza já não conseguia pôr ordem na sala.

A nossa força e a nossa alegria explodem e fortalecem-se com cada ataque à autoridade.

O inimigo não está apenas naquele tribunal, a solidariedade não necessita de ser lá.

Solidariedade com os que lutaram. Solidariedade com os que lutam.

Fogo aos tribunais, às prisões e a ao mundo que os cria.

Uns quantos corações livres.

CORRESPONDÊNCIA DESDE A GRÉCIA - Nada terminou, tudo continua // Carta de A. Kiriakopoulos // Apelo à solidariedade: Um fogo para limpar a Terra

Nada terminou: tudo continua

A insurreição é permanente, está em todo o lado, e é inevitável. A insurreição não espera pelas massas, pela vanguarda ou pelo momento certo.

Embora Dezembro volte todos os anos, nada nunca mais será o mesmo. Ele é guerra; trilhos de cinza deixam o passado para trás, em direcção ao total desmantelamento deste velho mundo morto, contra o qual o ataque acelerou nos últimos meses; essa guerra nunca terá um fim; não há volta atrás. Esta guerra não sabe o que é a inocência, ao mesmo tempo que viver nela nos torna a todos caçadores de vida: aqueles que choram; aqueles que dormem, aqueles que suspiram; aqueles que lhes cospem na cara, aqueles que constroem; aqueles que saem fora. Uma vez despoletada, a revolta continua numa dinâmica de tensão, recuperação e ataque, por parte de muitos, de poucos, na escuridão, na luz; enquanto o nosso tempo, os nossos corpos e a nossa liberdade nos continuem a ser roubados. Não interessa para nada onde é que a revolta se iniciou ou para onde é que ela se dirigirá, o desconhecido em aberto está nas mãos daqueles com a juventude eterna, com as pedras, com a paixão e a gasolina. Tudo continuará.

Sentindo o cheiro a fogo, o estado tirou centenas de pessoas das ruas numa medrosa tentativa de manter o seu frágil poder, de enfraquecer o ataque. Mas não é possível diminuir a rebelião, amansá-la. Enquanto a sociedade prisão continuar a agarrar vidas dentro e fora, não haverá vontade de esperar por um “segundo Dezembro”, porque se a espera nas ruas demora demasiado tempo, a espera na prisão dura uma eternidade, à medida que o estado, o capital e o seu domínio encontram o seu espaço para se enraizarem cada vez mais na normalidade da apatia. Como uma cada vez maior quantidade de medidas de segurança e vigilância, eles tentam alienar a realidade cada vez mais dos seus rebeldes, a alta velocidade, e falam orgulhosamente de ruas limpas e sonhos cor-de-rosa, de lei e ordem.


Mas nada terminou, tudo continua

Enquanto o mundo da autoridade e da exploração construir estradas de diálogo e satisfação, haverá buracos cavados nelas. Enquanto distribuírem rebuçados de dependência e devoção, eles serão envenenados. Enquanto construírem os seus gigantescos muros de separação e castigo, eles serão reduzidos a cinzas. Enquanto todos formos prisioneiros; nada terminou, e a insurreição continuará.

6 pessoas foram retiradas na negação na prática durante Dezembro, e agora, 5 meses depois, o estado está a tentar usar a sua liberdade como exemplo da sua vingança sobre todos aqueles que se revoltaram. Nenhuma chave vinda de políticos, juízes ou guardas será capaz de abrir a porta da sua reclusão.

Apenas um martelo será capaz de libertar, mandando abaixo todas as paredes da prisão. Desta forma, não faremos exigências a quem está no poder, nem faremos qualquer pressão sobre eles para que “façam o que está correcto”. Estamos simplesmente a cavar buracos na sua fortaleza, a minar as suas superfícies, até alcançarmos os nossos amados rebeldes.

- anarquistas



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Carta de A. Kiriakopoulos, desde a prisão de Koridallos

Cinco meses após os acontecimentos explosivos de Dezembro, das detenções em massa e das acusações que tiveram lugar, seis de nós permanecemos raptados nas garras do estado.

Recentemente, o denominado “estado de direito” e os seus servos decidiram alargar a minha detenção pré-julgamento (prisão preventiva), defendendo que o que tem de ser alcançado primeiro é a exterminação da minha pessoa e da minha actividade “criminosa” e a protecção da sociedade. Segundo a sua caracterização, eu sou uma pessoa sem escrúpulos e obcecada. Resumindo, caracterizaram-me como um inimigo da sociedade. Mas os inimigos da sociedade são todos aqueles que, após o assassinato a sangue frio do companheiro Alexis Grigoropoulos, tentaram reprimir o fenómeno social da insurreição violenta em Dezembro, com o uso sem escrúpulos e em massa de gás lacrimogéneo, com a extensão da tortura, o espancamento de manifestantes, e as suas rápidas prisões. Seja como for, desde há anos que sabemos que os bófias, especialmente quando se tratam de manifestações anarquistas, lançam uma guerra química sob qualquer desculpa, para que mais facilmente consigam torturar pessoas. Apesar da nojenta repressão da violência insurreccional de Dezembro, ela continua a persistir e é prova de que o fogo que foi iniciado não pode ser apagado. Afinal, o assassinato de Alexis foi, ao mesmo tempo, a causa e o pretexto da explosão de raiva social.

Como sempre, um papel especial foi desempenhado pelos mass media e os miseráveis jornalistas levaram a sua propaganda aos limites do que é vil. Depois do assassinato estatal de Alexis, o que relatavam era a destruição alastrada por toda a Grécia e que a polícia não tinha feito detenções. Acredito que de que todos nós, presos da insurreição, enfrentamos as mesmas acusações não é coincidência. A linha que o estado traçou foi a mesma para quase todos nós.

Na prisão, o tempo é o pior inimigo. Em particular quando estás sob custódia à espera de julgamento, existe uma incerteza constante pois nunca sabes muito bem quando é que serás liberto. Esta é uma situação que, sem dúvida, te arrasa psicologicamente. Este é também um efeito de estares encerrado, contra a tua vontade, com quatro pessoas 14 horas por dia, numa cela de 9 metros quadrados, planeada para uma só pessoa. Sente-se especialmente quando relações de companheirismo ou de simples compreensão são raras, tal como o são fora das grades da prisão. obviamente, há sempre aqueles que escolhem manter a dignidade e lutar.

O encarceramento é uma luta de guerrilha psicológica quotidiana que te é imposta pelo sistema quando te encontras na prisão. Além disto, tens também os guardas prisionais, que normalmente tratam os presos que tomam parte em lutas (greves de fome, recusa de comida da prisão, exigência de reaver material impresso que tenha sido censurado) de forma depreciativa e manhosa. Um bom exemplo foi a vez mais recente que os reclusos estavam a recusar comida da prisão como protesto pela morte de Alexis, o guarda da ala veio juntamente com outros guardas e ameaçou os presos que estavam a tomar parte no protesto como transferências de prisão disciplinares.

De forma geral, quando não te subjugas ao seu sistema correccional, eles tentam incutir um clima de medo. De qualquer forma, a prisão é como uma grande panela de almas. Se fores um cobarde, ela vai suavizar-te e tornar-te ainda mais cobarde, mas se fores forte, ela tornar-te-á ainda mais forte e mais frio como pessoa. A cela faz sufocar o recluso. No exterior, no pátio da prisão, é a ilusão da liberdade...

Ainda assim, passando por tudo isto, nada terminou, a luta continua

Quem está certo são os rebeldes,

não os chibos nem aqueles que se curvam

(um cântico anarquista grego bastante popular)



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Um fogo para limpar a Terra


Um movimento que seja incapaz de cuidar dos seus companheiros na prisão está destinado a morrer, e por um preço elevado e sob atrozes torturas.

- Daniela Carmignani, Solidariedade Revolucionária

A insurreição de Dezembro foi uma expressão visível e em massa da guerra social que arde constantemente e que irá continuar até à destruição de toda a dominação.

Milhares lutaram nas ruas re-apropriadas da necropolis. Centenas foram detidas e, com procedimentos particularmente céleres, várias foram mandadas para a prisão. Seis delas permanecem presas até hoje. Porque para aqueles no poder alguém tem de pagar pela negação prática mostrada por todos nós contra este mundo decadente.

Nas primeiras duas semanas de Junho os presos restantes de Dezembro, entre eles o anarquista A. Kiriakopoulos, serão levados perante os juízes que determinarão se a sua prisão será alargada. Irão ocorrer dias de acção entre os dias 12 a 15 de Junho, em solidariedade, por toda a Grécia.

A prisão é uma ferramenta directa e violenta que o poder tem à sua disposição para usar contra aqueles que não lhe servem ou que se recusam a seguir as suas regras. Especialmente em momentos de luta ou revolta intensificadas, a prisão tem o papel de isolar os inconvenientes para enfraquecer o nosso ataque colectivo e instigar o medo naqueles que possam estar dispostos a juntar-se à luta. Desta forma, o sistema prisional e de justiça são estruturas que têm o objectivo de inibir a generalização do conflito social. Por isso, a solidariedade com todos os presos pela insurreição de Dezembro é necessária para o avançar do projecto revolucionário.

A solidariedade não deveria ser vista através das lentes do dever, da obrigação ou da caridade, nem requer uma relação pessoal ou uma identificação política absoluta com aqueles que estão presos, sendo sim um meio para fortalecermos as nossas ligações enquanto colaboradores numa conspiração contra o existente. A solidariedade é a nossa arma, com a qual atacamos não apenas a prisão mas todas as estruturas de poder, numa continuação da luta social como um todo. Simultaneamente, a solidariedade é uma ferramenta usada para obter o resultado prático imediato da libertação dos nossos companheiros que estão na prisão.

Este é um apelo aos companheiros, onde quer que eles se encontrem, para iniciarmos uma vaga de solidariedade que provoque tremores na espinha aos cabrões no poder. Vamos provar-lhes que o síndrome de Atenas é, de facto, uma doença contagiosa.

Seja dentro ou fora das grades da prisão, a perspectiva insurreccional é uma condição permanente que não espera por um momento específico, que não aceita a caridade, mas que ataca de forma directa, em todo o lado, sempre.

Até à destruição de todas as prisões.

LIBERDADE PARA O COMPANHEIRO A. KIRIAKOPOULOS E PARA TODOS OS PRESOS DE DEZEMBRO

SOLIDARIEDADE COM OS ACUSADOS

- Pela generalização do confronto insurreccional

Anarquistas


MUDANÇAS...

MUDANÇAS...

Esta página ( http://www.raividitanoticias.blogspot.com/ ) deixou de fazer sentido nos moldes que inicialmente a havíamos pensado.

Pensámos que poderia ser utilizada como uma ferramenta no nosso ataque diário a este mundo, não apenas pela inspiração que nos poderia trazer, mas como uma fonte de informação (não neutra) e de exemplos sobre o que acontece por todo o lado; sobre os ataques que, pequenos ou grandes, tentam destruir este mundo.

A pretensão de manter o site regularmente actualizado é posta de lado pelas mais variadas razões. No decorrer das nossas vidas não temos o tempo e a capacidade para, neste momento e desde há muitos meses, irmos compilando e/ou traduzindo tudo o que vai aparacendo e que nos interessa.

No entanto, ela continua a ser uma ferramenta. Há algo que pretendemos, com esta página. Algo que vamos experimentar e ver onde vai. Parece-nos importante continuar a publicar algumas notícias. Da mesma forma, publicaremos textos ou cartas de companheiros que nos inspirem e/ou que sintamos que são contribuições para uma luta revolucionária contra este mundo de dominação e exploração.

A ver o que acontece.

 

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